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domingo, 23 de março de 2014

Quanto custa? A vida!



          Quando pensamos nos mártires do cristianismo, quase sempre nossa mente se reporta ao Coliseu, aos cristãos sendo lançados às feras ou às fogueiras nas quais eram queimados vivos. Embora essas fossem formas frequentes de martírio, não eram as únicas. Na verdade, quando estudamos as torturas infligidas aos cristãos ao longo da História, é difícil acreditar e entender como o ser humano é capaz de chegar a tal ponto de frieza e crueldade. Apesar disso, os relatos de martírio de cristãos revelam algo intrigante. Boa parte dos que foram torturados e assassinados por sua fé passava seus últimos momentos cantando, louvando a Deus ou orando. Em alguns casos, enquanto morriam, encorajavam os que assistiam à cena a ser fiéis a Deus, fazendo do local de martírio uma espécie de púlpito.

           A comunhão com Deus era o segredo fundamental por trás da resistência e perseverança dos mártires do passado. Os que morreram por amor a Cristo O conheciam, pois mantinham com Ele um relacionamento pessoal diário. Os mártires cristãos tinham consciência de que sua vida neste mundo, por maior que fosse a duração ou o sofrimento, jamais poderia ser comparada à da eternidade. Ao morrer por sua fé, sabiam que estavam trocando o finito pelo ilimitado, o escasso pelo incalculável.

          De tudo o que podiam deixar como herança, o maior legado dos mártires foi seu exemplo de fé, coragem, amor e fidelidade a Deus. Foram espetáculo ao mundo, mantiveram sua confissão, derramaram o sangue pela Causa e foram heróis que, sem espada, conquistaram reinos; conquistaram o medo, conquistaram a si mesmos, conquistaram o mundo e, acima de tudo, a eternidade! Seus nomes, na maioria, permanecem no anonimato entre os homens, mas no Céu, com certeza, estão na galeria dos grandes vencedores de todos os tempos.

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